Ontem eu li muitos posts revoltados com a história do menor que matou covardemente o estudante que era estagiário da Rede TV. Todo e qualquer assassinato é sempre algo que nos revira, que mexe com nossos instintos e que nos faz querer bradar para que os culpados sejam punidos.
No caso do menor, volta-se à discussão sobre a redução da maioridade penal. Eu acho que esse não é o caminho. Infelizmente, porque, se fosse, talvez até pudesse ser mais fácil. Explico minha discordância: a maioridade penal, estabelecida em 18 anos em nosso país, não vem impedindo que cidadãos com essa idade - ou mais velhos - cometam seus crimes. A lei que os pune - quando o faz - não traz o rigor que a sociedade busca; não está à altura do exemplo que se quer dar; da marca de correção que se quer imprimir a quem está à margem; a quem é marginal.
Colocar gente mais nova em celas não vai reduzir nossos índices de criminalidade. Não vai nos trazer paz. Não nos deixará tranquilos. E não vai nos garantir que mais vidas sejam levadas pela violência. Creio que se faz necessária uma mudança mais profunda, de toda a sociedade. Uma mudança política, uma mudança na forma que nos portamos na vida, com os outros; na forma como enxergamos o mundo.
E só pra citar mais um exemplo: os Estados Unidos, que tanta gente tem por referência, tem vários estados em que menores de idade podem ser duramente punidos pela lei. E isso não fez com que eles deixassem de delinquir.
O buraco é (bem) mais embaixo...
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