Se havia alguém mais feliz que eu na avenida o espelho meu não disse. Tomei muitos porres de felicidade, naveguei, naveguei e, mesmo longe do nordeste, fui cabra da peste. Sempre soube que sonhar não custa nada e, nesses dias mágicos, sonhei muito! Vivi uma overdose de alegria, um dilúvio de felicidade; afinal o rei mandou cair dentro da folia...
E lá fui eu...
Fui de Lapa, de Lagoa, de Gamboa. Fui de Aterro, fui de Praça XV, de Ipanema, de Avenida Rio Branco. Fui pelo Largo de São Francisco. Fui muitos! Fui mágico, turista! Voltei no tempo e brinquei de Faraó na lendária Rua do Ouvidor. Tirei onda de Nerd e peguei emprestado o Coalhada do mestre Chico Anysio. Fui esses todos. E fui alguns outros...
Fui atrás da folia onde ela estivesse e onde meus pés aguentaram me levar. E eles foram bravos companheiros! Com eles eu trilhei caminhos de samba, de frevo, de axé. A trilha de um carnaval plural, com funk, Beatles, Mamonas, Roberto, Raul e até sertanejo! Voltei no tempo com as marchinhas que não deixam ninguém parar e parei, na chuva, pra ver a alegria do nascimento de um bloco gigante: o Bloco do Chá, que trouxe um pouco de Salvador aqui pro Rio. Uma mistura perfeita para cariocas que, como eu, têm um bocado de dendê no sangue.
Usei lentes verdes pra me fantasiar de turista. Lentes de contato que me deixaram com os olhos de meu pai. Tive grandes companhias, senti falta de gente querida, e fiz a farra valer a pena nesses dias em que a única preocupação foi me divertir.
E como eu me diverti! É por essas e outras que eu também queria que essa fantasia fosse eterna...
Te vejo em 2014, carnaval!
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