Tenho sangue nordestino nas veias: meu pai era de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Se não fosse carioca e se não amasse tanto a minha cidade, escolheria Salvador pra viver. Pela beleza de suas praias, pela comida maravilhosa, pelo astral que a gente sente no ar assim que chega, por ter dado ao país tanta gente boa pra fazer música, pelo carnaval que adoro, pelo povo festeiro e carinhoso! E aí, meu rei, se morasse em Salvador, eu seria uma espécie de desbravador do nordeste...
Sim, porque se morasse em Salvador, eu estaria sempre na bela Aracaju, iria me esbaldar vez por outra em Mangue Seco, curtiria finais de semana na bela Fortaleza ou em João Pessoa...
Iria sempre ao Recife, terra linda, que dizem ser a mais bonita da América Latina, lugar de tantos amigos amados. Passaria sempre em São Luís, pra lembrar das cores, cheiros e sabores que só o Maranhão tem. Passaria os feriados prolongados em Maceió, o Caribe brasileiro, dona do mar mais bonito que pode existir: cristalino, quentinho e acolhedor.
Se morasse em Salvador, meu sangue nordestino ia me levar a conhecer Teresina, capital do Piauí, única parte dessa região tão fantástica que ainda me falta visitar.
Eu amo o nordeste!
Hoje, se há algum verdadeiro motivo pra se estar de luto, me desculpem, é a exacerbação de tantos e tão deploráveis preconceitos nessa rede social.
E se você, meu amigo, minha amiga, está de luto e não é preconceituoso, um alerta: você está se perdendo num mar de gente que destoa de tudo aquilo que se pode julgar como admirável; está usando o mesmo rótulo que está sendo usado por gente que tá por aqui propagando o lado mais degradante do ser humano...
Viva o Nordeste!
Viva o povo nordestino!
E viva o Brasil!!!