18.7.12

Rush

Curioso esse tempo em que podemos ser encontrados por satélite o tempo todo e em que é cada vez mais rara a façanha de um encontro verdadeiro...
Visito lugares, conheço pessoas, recebo e ofereço abraços sinceros, passeio por caminhos não imaginados e me perco pensando nos rumos incertos dessa vida. Exercício diário esse de olhar para o mundo e pensar em como seria se ainda pudesse dividir o que enxergo contigo, compartilhar dúvidas e angústias, amparar-te em momentos de infortúnio e vibrar com cada uma das tuas conquistas.
Cansativo esse exercício de me inventar sem você. De buscar em mim um eu que não sei ao certo quem é, se existe e no que crê. De fazer a vida desse novo alguém ter graça e leveza, ser interessante e - quem sabe - alegre!
O que ajuda é notar que nosso encontro não foi verdadeiro. Ao menos, não na essência. Foi um esbarrão. E só. E tal como nas tumultuadas estações do metrô, cada um seguiu seu rumo, depois de refeito da trombada.
Até que venha a próxima. Porque a vida, também como as estações do metrô, nunca dá refresco...

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