30.10.07

Leveza

Leveza é sentir a torcida a favor, mesmo quando se parece disputar num estádio tomado pelo silêncio. Leveza é se sentir pluma jogada no ar, preguiçosa, carregada pelo vento e satisfeita por chegar onde quer que seja. Leveza é sorriso nos lábios mesmo quando não se dá conta de que se tem vontade de rir. Leveza é colocar a cabeça sobre o travesseiro, fechar os olhos, e perceber que nada em sua consciência é capaz de lhe render um sono intranqüilo.
Leveza é beijo na testa, mesmo quando se tem uma boca gostosa para beijar. Leveza é prazer sem hora marcada, furtivo ou declarado; planejado ou intempestivo; amoroso ou selvagem. Mas sempre bom.
Leveza é sentir nos olhos de quem se ama a extensão do próprio olhar. É admirar e sentir-se admirado pelo que se é, e não pelo que se pareça ser. Leveza é colo de pai, de mãe, de família. É o dedinho do filhote passeando em sua orelha naqueles minutinhos antes de pegar no sono.
Leveza é envelhecer de mãos dadas com alguém a quem se ame, e não com alguém a quem se tenha habituado. Leveza é, lá na frente, olhar para trás e orgulhar-se mais do que arrepender-se...
Leveza é tudo o que quero pra mim...e quem não quer?

29.10.07

Minha série predileta...

Por muitas vezes a gente gasta um tempo danado planejando coisas incrivelmente divertidas para o fim-de-semana. O planejamento, nessas ocasioões, é tão árduo que tira até a leveza daqueles que devem ser os dias de ócio (pra quem trabalha nos demais, claro!).
Nesse último final de semana eu não planejei nada! Abri a estante, abri os pacotes com os Dvd's das cinco temporadas da minha série predileta: "Six Feet Under". E me diverti como nunca: sozinho, em casa, em cima da minha cama. Tanto que até pensei que a felicidade pode mesmo estar nas pequenas coisas da vida, como diz aquele clichê...
Aos que não conhecem a série, recomendo muitíssimo! O texto é muito inteligente, o humor, refinado. E as interpretações são todas primorosas! Vale muito a pena! Trata-se da história de uma família que tem uma casa funerária. E nada de padrões: os Fishers, definitivamente, não reproduzem aquela imagem de "tradicional família americana". E é aí que mora a graça desse programa imperdível!
Ah...o lado bom é saber que ainda nem terminei de ver a primeira temporada. O que quer dizer que ainda tenho muita diversão de altíssima qualidade pela frente!

28.10.07

Deliciosa viagem!

A correira danada nesse último trimestre do ano tem atrapalhado um bocado as minhas leituras. Mas ainda assim, arranjei tempo, deixei as crônicas vampirescas de Anne Rice de lado e tenho me dedicado a ler sobre a história desse nosso fabuloso país. Estou quase finalizando o primeiro volume da coleção Terra Brasilis, de Eduardo Bueno. "A viagem do Descobrimento", óbvio, retrata a saga da chegada dos portugueses ao Brasil.
Que livro bacana, minha gente! Para os amantes de História e para os amantes de histórias, essa é uma pedida fantástica! O autor fez uma pesquisa minuciosa e consegue nos fazer voltar mais de 500 anos no tempo. Esse mergulho na gênese do Brasil nos traz novos personagens, novos nomes e muitas, muitas informações curiosas sobre tudo o que estava envolvido nos planos de expansão que os portugueses empreenderam lá nos séculos XV e XVI.
E como é diferente voltar ao tema mais de dez anos depois de estudá-lo, ainda no Ensino Médio. A gente (re)descobre detalhes (?) que até podem parecer pequenos, mas que dão a exata dimensão de quão devotados e aventureiros eram esses europeus que aportaram por aqui. Quer um exemplo? Vasco da Gama! Incumbido pela Coroa de descobrir o famigerado caminho para as Índias, o patrício levou 10 meses navegando de Lisboa até Calicute. E, de volta à terra natal, levou mais um ano cruzando os mares. Dureza, ainda mais se pensarmos que os instrumentos de navegação - e as próprias embarcações - deixavam muito a desejar naquele período, perto do arsenal tecnológico de que dispomos hoje. Isso para não falar das inúmeras superstições que cercavam o "desconhecido" mar de então...
Recomendo muitíssimo a leitura! E, como o próprio autor me escreveu na dedicatória, trata-se mesmo de uma viagem pela História!

27.10.07

A mais bela flor que há...

No belo jardim onde as flores são os amores que tive, destoas. E não o fazes por ser menos bela, menos perfurmada.
Há aquelas murchas, feias...lembranças de amores que se revelaram muito menos bonitos e cheirosos do que pareciam no início.
Há também aquelas tomadas por espinhos. Em alguns deles, vestígios de sangue. Amores dolorosos, que machucam corações e almas...
Já tu...tu és diferente de todas as outras flores; seu perfume sempre inebria mais que qualquer outro exalado por qualquer outra flor. Tua cor é a mais viva, é única; matiz composta sob medida para ornamentar tudo de lindo que sabes ser. E que representa em minha vida e em meu jardim.
É sobre tuas pétalas macias que pousam as mais sábias abelhas, ávidas pelo melhor néctar que pode haver.
É teu o desabrochar mais suave a cada manhã de sol, assim como também vem de ti o odor que perfuma minhas noites quando penso no jardim...
Depois de ti, todas as flores parecem comuns; repetições exaustivas de uma realidade previsível demais para alguém que, como eu, já conhece a mais bela e perfeita flor que existe. E sabe que ela mora bem ali, no meio do jardim dos meus amores...

26.10.07

"O casamento do meu melhor amigo"



Pode quem quiser achar piegas, podem dizer que a Julia Roberts está longe de ser uma grande atriz ou mesmo "uma linda mulher" de verdade. Mas essa cena faz parte da antologia cinematográfica do blogueiro aqui. Delicada, sensível e com uma metáfora muitíssimo bem sacada pelo diretor P.J. Hogan na hora de levar pra tela a idéia da perecibilidade dos momentos que a gente tem ao lado da pessoa amada.
E, diga lá, quem nunca teve a sensação de que perdeu o momento exato de dizer a coisa certa?

Quando Siri passa do ponto...

Ex-BBB e agora "apresentadora" da Rede TV! adora falar da vida particular. Ganharia mais se ficasse calada...

Já falei de Irislene Stefanelli algumas vezes aqui no B@belturbo. Dei boas risadas com essa moça durante o trabalho no site do BBB, mas, cá pra nós: já deu, né? A cada dia os sites de celebridades publicam notas mais bizarras envolvendo o nome da moça, que, atualmente, além de ex-BBB é, também, apresentadora do TV Fama (meu Deus!!!).
Num dia, vejo na Veja Siri toda roxa, efeito de uma lipo daquelas dos pés à cabeça. No outro, leio que ela encontrou uma colega de emissora que estaria "pegando" o Alemão. No encontro, dispara que a moça está apenas "pegando seu resto". A exposição é tanta que os jornais chegam ao cúmulo de publicar que a moça não transou com o ex-namorado.
Aliás, cá pra nós...ela adora dizer que não transa com seus namorados, né?
Com tanta bobagem publicada a respeito de Siri, não dá pra não concordar com o Alemão quando ele disse, lá atrás, que ela é muito mal assessorada!
Triste é notar o espaço que notícias inúteis ocupam na mídia. E olha que lá se vão quase sete meses desde que o Big Brother chegou ao fim...

25.10.07

Que seja eterno enquanto...

Quando a história começou, cercaram-se de cuidados para que não se magoassem. Estabeleceram limites, regrinhas e fizeram combinações com o intuito de resguardar aquela recém-começada relação de algum tipo de infortúnio.
Não demorou para que todos os planos fossem por água abaixo! A realidade se impôs, superando toda e qualquer predição. Porque tudo era divertido enquanto estavam um na companhia do outro. Era bom rir da lata de refrigerante que não abria, da pizza com mais massa que queijo, dos casais que brigavam ou trocavam carinhos.
Puseram-se a experimentar aquela alegria que um dava ao outro e a todas as coisas. Riam do formato das nuvens, riam do som que as ondas do mar faziam na arrebentação, riam do jeito um do outro. Riam quando os beijos soavam desengonçados, quando, além das línguas, também seus dentes se esbarravam em suas bocas. Riam dos sons da hora do amor, riam das caras amassadas ao acordar, riam, riam...eram felizes.
O amor nasceu e cresceu naturalmente, sem que se pusessem a pensar na importância e na grandeza daquele sintimento que os unia. O amor frutificou, gerando a parceria inabalável que os fez fortes o bastante para resistir também aos momentos em que o riso cedeu espaço ao choro. O amor durou o tempo exato que deveria. Perpetuou-se numa infinidade de momentos singulares, inesquecíveis, de modo que, quando não mais havia motivos para que sorrissem, restou a certeza de que os sorrisos anteriores tinham sido especiais o bastante para que aquela história pudesse, para sempre, ser definida como uma história feliz.
Uma história com fim. Mas feliz...

24.10.07

Caos in Rio II

Seja você de que parte do mundo for, à essa altura, já deve saber que o Rio de Janeiro dormiu Cidade Maravilhosa e amanheceu Cidade do Caos. Uma chuvarada absurda desabou sobre os cariocas, na mesma proporção da estiagem que deixou o ar por aqui bastante seco por boa parte dessa primavera.
Ocupações irregulares de encostas, desmatamento e falta de atitude das atividades competentes constituem uma equação de resultado bombástico. Hoje, a bomba explodiu no nosso colo: com o Túnel Rebouças fechado, o Rio parou! Não importa de onde viesse e para onde desejasse ir: o carioca não pôde fazê-lo.
Em meio aos transtornos dos cidadãos e os pedidos das autoridades para que São Pedro deixasse de nos castigar com tanta chuva não dá pra não pensar em culpas. E em culpados. E aviso desde já: não creio na culpa de Deus e dos santos. E se os governantes da cidade têm lá sua parcela de culpa - inquestionável - também têm responsabilidade aqueles cidadãos que, como quem não quer nada, jogam todo tipo de lixo no chão, entupindo bueiros que, só em dias como o de hoje, todos percebem ser tão necessários para o bom andamento das coisas.
Dias como o de hoje, além de catastróficos, servem, também, para que a gente possa refletir sobre as pequenas bobagens que repetimos todos os dias. E sobre as grandes bobagens que aqueles que escolhemos para nos representar fazem. Com a nossa anuência...
NOTA DO BLOGUEIRO: Se você não entendeu o "II" no título do post, é só clicar aqui. E aí vai ver um texto sobre outro problema que sempre joga nossa cidade em meio ao caos...

23.10.07

Rio e Mar

Quando do seu rosto fez-se o leito de um rio, notou que seus olhos eram fontes incessantes de uma tristeza que vinha de dentro do peito. Ali, daquele canto onde todos diziam que havia um coração de ouro, valiosa jóia inútil, eternamente despercebida. Ali, de onde, por tantas vezes, veio a certeza de estar diante da chance única de fazer reais todos aqueles sonhos bobos e sentimentais que guardara ao longo dos tempos.
Certezas tolas, tolos sonhos...
Tinha o rosto encharcado e contorcido por toda aquela dor; força da sua natureza traduzida em pranto. Respirava fundo, tentando encontrar uma calma há tempos perdida, mas só pensava em retratos rasgados, palavras não-ditas, decepções, e amores não-correspondidos. Pedaços de uma memória sofrida, de alguém que parecia marcado pela sina do eterno desencontro.
Por isso o mar, eterno revigorante.
Por isso aquela vontade de buscar-se a si mesmo.
Por isso a esperança de que seu rio de tristezas tomasse o caminho do oceano, mar adentro...

Sílvio e o Siri...

Não vi nada do Teleton esse ano. Acho a campanha louvável e acho muito bacana que uma emissora do tamanho do SBT abra espaço (24 horas!!!) pra uma causa tão justa. Tenho conhecidos que já visitaram algumas unidades da AACD construídas com os recursos arrecadados ao longo das edições anteriores e só tive boas recomendações.


Mas, vendo esse vídeo no YouTube, não dá pra não elogiar o Silvio Santos. O dono do Baú esbanja espontaneidade, simpatia, carisma e alto astral! Silvio é de longe, na minha opinião, o maior comunicador da televisão brasileira e chegou onde chegou por isso! Dançar no ar a famigerada "Dança do Siri", que virou o inferno de qualquer equipe de televisão que grava nas ruas das grandes cidades, e ainda rir de si mesmo é coisa pra alguém que está muito seguro de si; de alguém que reconhece os golaços da concorrência e que, acima de tudo, tem muitíssimo bom humor!
Dá-lhe, Silvio!

22.10.07

A poesia está no ar...

Essa semana, a TV Escola leva ao ar uma série de programas especiais pautados pela poesia. A programação faz parte da 4º Semana de Poesia do canal, e, por isso, o Salto também exibe até sexta-feira uma série relacionada ao tema: Poesia na Escola.
Hoje comecei o programa lendo uma pergunta escrita por Carlos Drummond de Andrade. Nela, o poeta indagava os motivos que levam uma criança a deixar de ser poeta conforme vai crescendo. O debate rolou solto e, no final, uma das convidadas disse um poema de... Drummond. Coincidência? Dizem que elas não existem...
Aí, voltando pro camarim, lembrei que meu primeiro livro de poesia era também do mineirinho de Itabira. E lembrei de uma das (poucas) poesias da qual tenho (vaga) lembrança...(sim, gente, minha memória é péssima!!!)
Aí vai:
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
(Carlos Drummond de Andrade, "As Sem-razões do Amor")
É isso! Abraços, beijos e uma semana cheia de poesia pra todo mundo!

Guerra pela informação nas noites de domingo

Revistas eletrônicas semanais da Globo e da Record utilizam a mesma fórmula, falam para o mesmo público e, muitas vezes, levam ao ar pautas idênticas...

Muito se tem falado sobre o fato de a Rede Record copiar a grade de programação da Rede Globo. Acho que ninguém, em sã consciência, pode negar que o modelo da Vênus Platinada foi parar na tela da TV do Bispo Macedo. E isso não é demérito algum: Sílvio Santos sempre colocou na tela do SBT cópias deslavadas dos programas estrangeiros (o maior exemplo, talvez, seja a Casa dos Artistas, que chegou a furar o orginal Big Brother). Sem falar em outro mestre da televisão, Chacrinha, que já dizia que "na TV nada se cria, tudo se copia".
No domingo da Record, há uma versão do Fantástico global. E ela vai ao ar antes. E, vez por outra, com pautas muito parecidas com as da "atração inspiradora". Ontem, o Fantástico tinha uma matéria sobre a operação policial na Favela da Coréia, na Zona Oeste do Rio. E seu clone, o Domingo Espetacular, também.
Na Globo, a matéria abriu o jornalístico comandado por Pedro Bial e Glória Maria. Na Record, Lorena Calábria, Janine Borba e Paulo Henrique Amorim encerraram o programa mostrando uma reportagem sobre o mesmo assunto. E foi o próprio Paulo Henrique o responsável pelo trabalho. Escolado, o jornalista veio ao Rio, entrevistou a mãe da criança morta durante o confronto entre os policiais e os traficantes e o secretário de segurança do estado. O resultado? Uma matéria forte, humana e que demonstrou o que todo o cidadão carioca já deve estar farto de saber: no ponto em que estamos, é quase utópico pensar numa solução para a questão da segurança pública sem pensar, também, em derramamento de sangue. Cabe, apenas, pressionar para que o sangue de inocentes não seja derramado.
Gol da Record e de seu Fantástico clonado!

21.10.07

Daniela Mercury: balde de água fria nos fuxiqueiros de plantão

Baiana adota postura zen diante de boataria que envolve seu nome. Tão zen que nem se preocupa em dizer se a boataria é, mesmo, apenas boataria...

E aí um jornal publica que Daniela Mercury estaria namorando uma mulher, moradora de Nova Iorque. E mais: relata uma certa "pressãozinha" na assessoria da artista para obter uma declaração a respeito.
Vamos ao trecho que demonstra o "esforço" do pessoal da coluna "Retratos da Vida", do Extra:
"A coluna procurou a assessoria de imprensa da baiana para confirmar a informação e, horas depois, recebeu a seguinte resposta: “Não falamos da vida pessoal da cantora”. A coluna, então, questionou que os leitores poderiam interpretar essa declaração como praticamente um sim, já que Daniela poderia apenas negar os boatos. A assessoria de imprensa foi enfática: “Não tem problema. O leitor pode interpretar como quiser. É essa a posição que escolhemos adotar”'.
Não vou criticar a postura do povo da coluna - que, aliás, tem pautado muitas outras colunas sobre celebridades do Brasil todo. Agora cabe, sim, elogiar a postura da assessoria de imprensa de Daniela Mercury que, definitivamente, dá sua contribuição para preservar a intimidade da artista sem, no entanto, dar uma daquelas declarações que acabam resvalando para o preconceito e abrindo brechas para a intolerância.

20.10.07

19.10.07

Duas Caras, várias interrogações...

Antônio Fagundes e Susana Vieira: protagonistas absolutos das dúvidas do blogueiro sobre a novela das oito (ou nove?) da Rede Globo

Todo dia, vejo um ou outro trecho da novela das oito. Todos os dias, leio coisas sobre a novela. Sei, por exemplo, que o autor tem um blog onde escreve, vez por outra, para se defender das críticas.
Eu imagino como deve ser difícil o compromisso de escrever uma novela. Ter a obrigação de emocionar, divertir e entreter, todas as noites, 40, 50 milhões de pessoas. Ter o dever de "dar" audiência e justificar os altos investimentos da emissora no produto. Escrever novela é isso! E é, também, ter de responder perguntas.
Todo telespectador tem em mente perguntas sobre sua produção predileta. Eu, por exemplo, tenho perguntas sobre a atual novela das oito - e olha que, definitivamente, não se trata da minha produção predileta. Gostaria de saber, por exemplo, por que a personagem da Marjorie Estiano deu tão rápido pro primeiro desconhecido que viu pela frente (no dia da morte dos pais), casou tão rápido com esse mesmo desconhecido e, não satisfeita, ainda deu plenos poderes para o dito-cujo cuidar da sua fortuna incalculável! Essa menina vivia em que planeta, minha gente?
Mas essas são questões complexas demais e, na verdade, nem sei se há respostas para elas...
Mas tenho questionamentos, digamos, bem mais profundos sobre "Duas Caras":
1 - Por que, desde "O Rei do Gado", o Fagundes usa o mesmo sotaque em todos os seus trabalhos na TV? (as exceções foram aquelas novelas em que ele fez outro sotaque - o italiano);
2 - Quantas centenas de Barbies ficaram carecas para que Susana Vieira pudesse ostentar essa cabeleira esquisita na pele de Branca? (será que essa é a verdadeira razão do polêmico recall de Barbies feito pelo fabricante da boneca???)

O encanto do sorriso azulado...

Me apaixonei por você desde o primeiro instante em que pude experimentar tua existência. Tua simplicidade e teu requinte; dualidade saborosa e insuspeita. Nosso primeiro contato foi terno, harmonioso, e te notei se entregando a mim sem pudores, sem meias-palavras.
Deu-me de bom grado tudo o que pedi. Atendeu a todos os meus comandos...e não se queixou; fez-se obediente, eficiente, complacente.
Agora, estou viciado em você! Quando não te posso usar, reclamo. Sinto falta de toda a sua praticidade, do universo de possibilidades que tenho à mão quando você está por perto...
Sem ti, bluetooth, meu mundo não é mais o mesmo...




Sim, eu sei! O texto é bobo! Sim, também sei que o bluetooth está longe de ser uma novidade pra todas as pessoas antenadíssimas! Mas pro blogueiro aqui essa é uma descoberta recente e muitíssimo festejada! Daí a "singeleza" da homenagem...
Não dá pra não achar uma maravilha ver os dados da agenda de um celular sendo transferidos pra outro aparelho, sem que você fique horas catando milho no teclado para digitar tudo de novo! Sem falar na transferência de arquivos de música, vídeo e fotos! O futuro chegou! E se chama bluetooth!
Só resta saber se, daqui a um tempo, vão inventar um bluetooth pra gente usar como meio de transporte. Já pensou que espetáculo?

18.10.07

Que jeito?

Ontem, os telejornais exibiram imagens que mais pareciam saídas de um daqueles filmes policiais. Bandidos num morro, helicóptero policial no encalço deles e...tome bala! As cenas foram realmente fortes e mostraram o exato momento em que os dois criminosos foram mortos pela polícia. O texto da reportagem que assisti não deixou nem margem para dúvidas: "os dois foram mortos".
Hoje, ouvi gente reclamando da ação policial na Favela da Coréia. Gente dizendo que aquela foi uma execução sumária exibida em rede nacional. Gente criticando as operações coordenadas pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.
Que as cenas eram fortes e violentas, ninguém discute. Que elas não fazem parte do mundo ideal de todos nós, idem. Agora, sempre que ouço essas críticas, fico me perguntando se essas mesmas vozes iriam se levantar caso os tais bandidos tivessem acertado e derrubado o helicóptero da polícia. Fico me perguntando se haveria essa mesma reação caso os corpos metralhados no morro fossem de policiais.
É óbvio que as operações são violentas, que oferecem riscos (altíssimos) aos moradores das comunidades dominadas pelo tráfico de drogas. E, repito, é óbvio que elas não fazem parte do mundo ideal de nenhum de nós. Mas, quando vejo críticas, não vejo sugestões. Não vejo alternativas - e deixo claro aqui que adoraria ter uma opção; uma crença qualquer que fosse de que as coisas poderiam ser resolvidas de outro modo, sem violência, sem riscos para os inocentes.
Mas eu não tenho essa alternativa. E ninguém parece ter...
E aí fica um discurso vazio que acaba, muitas vezes, servindo apenas para defender bandido...

Ah, as maravilhas da rede...

Bastidores da matéria do 'Salto' com Guilherme Zaiden estampam post do blog 'Querido Leitor', de Rosana Hermann (clique para ler melhor...)

Se você chegou aqui procurando o post sobre a entrevista com o Guilherme Zaiden, role a barra de navegação e desça até o post anterior...
Mas esse novo post também tem relação ao tema. O Guilherme me foi "apresentado" por Rosana Hermann, do blog "Querido Leitor". Rosana, redatora do "Pânico na TV", é super-antenada com tudo o que rola na web e foi muito solícita ao me atender por e-mail, me ajudando a encontrar o personagem para a matéria do "Salto".
Como manda a boa educação, depois da matéria gravada, escrevi para agradecê-la. Feliz com a minha felicidade por ter feito um trabalho bacana, Rosana ainda publicou um post em seu blog contando a história toda. E linkando aqui pro B@belturbo. Resultado? Muita gente nova passando por aqui!
Rosana, mais uma vez, obrigadíssimo pela força! E "estamos às ordens" por aqui, viu?

16.10.07

Entrevistando um recordista...



A diversão de um jovem brasiliense se transformou na diversão de milhões de pessoas. Com mais de oito milhões de acessos aos seus vídeos postados no YouTube, o brasiliense Guilherme Zaiden, de 19 anos, parece ter se transformado no primeiro grande fenômeno brasileiro do site de vídeos. "Pastor Cerafim" (com 'C' mesmo, frisa o autor), "Confissões de um Emo" e "Associação Brasileira de Vício ao Orkut" foram as três primeiras produções do rapaz que, seis filmes depois, conquistou uma audiência capaz de fazer inveja a muito filme nacional.
Eu e a equipe do Salto passamos o dia com Guilherme hoje, gravando uma reportagem para uma série sobre a TV Digital que o programa vai exibir em novembro (o making of você confere no vídeo que abre o post). E fiquei impressionado com a espontaneidade e a coerência do menino, que não parece nem um pouco deslumbrado com o sucesso conquistado na web. Ele não sabe quando vai fazer outro vídeo e deixa claro que fez os que estão no YouTube apenas para se divertir. Tímido, parece se constranger quando alguém faz alusão a uma de suas piadas. Mas, vez por outra, a verve de ator fala mais alto e Guilherme solta uma daquelas frases típicas de seus filmetes, com direito a entonação caprichada e a um olhar meio perdido. Como diria o (também célebre) Capitão Nascimento, Guilherme é um fanfarrão!
O sucesso, além de fama, já começa a gerar prêmios para o rapaz. Há quase um mês, passou cinco dias em Londres, depois de ganhar a passagem de uma operadora de telefonia celular. O motivo do presente? Um de seus vídeos foi o mais baixado pelos clientes da companhia, que também lhe deu um novo aparalho. Indicado ao VMB 2007, Guilherme foi à festa da MTV, cruzou com muita gente do star-system e, de quebra, ainda e se deparou com Marilyn Manson.
Nas ruas, no entanto, são seus os fãs que, vez por outra, fazem questão de fotos, acenos e autógrafos. "Tem também os que me pedem pra imitar as coisas que fiz nos vídeos", conta. Reconhecido na terra e no céu - durante o vôo Brasília-Rio, para me dar a entrevista, foi descoberto por um passageiro - Zaiden não parece animado diante da idéia de cursar uma faculdade. Tem apenas uma certeza: quer ser ator.
Eu torço para que consiga! Talento, com certeza, é o que não falta a esse garoto!
E se você quiser ver mais que o vídeo com o making of da entrevista, fique ligado no Salto para o Futuro!

Sobre o caso Jean Charles...

Sinceramente: faz alguma diferença saber que o Jean Charles usou cocaína antes de ser covardemente morto pela polícia londrina, numa grande cagada do serviço de segurança da terra da Rainha? Ou será que essa notícia tem o objetivo de jogar lama na imagem do brasileiro e, assim, aliviar a barra pra cima dos "tiras"?
Comigo não cola! Mataram um inocente apenas por confundí-lo com um terrorista! E, ainda por cima, com balas especiais que são capazes de causar a morte instantânea! É requinte de crueldade, incompetência e prepotência! Tudo junto e misturado!
E quem errou tem que pagar!

15.10.07

Ao mestre...



Já virou um lugar pra lá de comum dizer que o futuro do Brasil está nas mãos da criançada. Eu mesmo já ouvi - e repeti - esse bordão do senso comum uma infinidade de vezes...
Mas o tempo, a experiência e o trabalho têm me mostrado que as coisas não são bem assim, cara pálida. Eles têm me ensinado a reconhecer quando e onde se constrói o futuro. E hoje vejo que essa construção se dá num lugar sem nada de mítico; lugar que não parece com uma daquelas locações de comercial de TV. Por vezes, é um lugar barulhento, agitado, e com condições que não são as mais adequadas. O futuro se constrói, meus caros, na escola.
E é nas palavras, nos gestos, nos sorrisos e na seriedade dos professores que, ao longo dos últimos sete anos, tenho visto que um futuro melhor é possível.
Nesses sete anos, encontrei muitos e muitos professores capazes, esforçados, cientes de seu papel e de seu real poder de transformar as realidades da meninada. E vi, nas ações e nos olhos desses profissionais a força de quem não se conforma em reclamar e torcer por dias melhores; vi, em todos eles, a mão erguida e calejada dos que se erguem para construir uma nova estrada.
Aos professores do Brasil, companheiros de Salto, a minha homenagem por este 15 de outubro.
E a todos os meus professores, meu muito obrigado por terem contribuído, de uma forma ou de outra, para que eu me tornasse o cara que sou hoje.

14.10.07

Um dia a casa cai...

Recortes da ficha da "bispa" Sonia Hernandes nos Estados Unidos. Dinheiro (demais) pra lá e pra cá sem informação ao Banco Central...

Não tenho preconceito religioso. Acho que a fé é importante na vida de todos nós, seja ela qual for - e no que for. Agora, acho intolerável ver pessoas enriquecendo às custas da exploração da fé alheia. Ver fiéis, pobres, doando dinheiro suado, limpo, que vai parar em contas no exterior; dinheiro que vira frota de carros importados, cavalos de raça; dinheiro usado pra bancar uma vida onerosa para aqueles que comercializam a palavra de Deus. Isso é vergonhoso! E, como diz uma personagem do Zorra Total, "isso não pode!".
Olha o que diz a reportagem de Juliana Linhares, publicada na edição 2.029 da Veja. O tema da matéria é o enbróglio judicial protagonizado pelo casal de "bispos" da Igreja Renascer em Cristo: "A condenação nos Estados Unidos está longe de ser o último capítulo do prontuário que Estevam e Sonia Hernandes, líderes da Igreja Renascer em Cristo, vão ter de apresentar no Dia do Juízo Final.".
O texto da jornalista prossegue utilizando uma fina ironia pra deixar claro o choque com os números impressionantes das finanças do casal. Num quadro, Veja publicou algum desses números:
- 130 milhões de reais é o patrimônio estimado do casal Renascer. Uma casa na Flórida e fazendas no interior de São Paulo estão na lista dos bens da dupla;
- 2 milhões de reais circularam por uma única conta do casal, em um banco nos Estados Unidos, entre 2001 e 2006;
- Entre 2003 e 2006, o gasto mensal da família no Brasil foi de 600.000 reais;
- A dívida das empresas ligadas à Igreja Renascer com o Fisco estadual já chega a 6,5 milhões de reais.
Além de tudo isso (sim, nada é tão mau que não possa piorar), a promotoria já sabe que as remessas feitas ao exterior eram realizadas por empresas ligadas à Renascer ou por doleiros. No entanto, nenhuma das operações, de acordo com o Ministério Público, foi comunicada ao Banco Central. Segundo o promotor, esse é um indício de lavagem de dinheiro.
O que posso dizer? Apenas que confio na justiça - dos homens e de Deus! E que não posso levar a sério uma instituição que se diz religiosa e que utiliza até cartões de débito automático para arrancar trocados de seus seguidores - esses, sim, pessoas honestas, de bem, e que buscam a Deus acima de tudo.

13.10.07

Enrosca

A música é uma bobagem. O Cd acústico de Sandy e Jr, como já disse aqui, é bem produzido, mas também não ajuda a encerrar com chave de ouro o trabalho da dupla. Mas gosto muito do arranjo dessa gravação de "Enrosca", sucesso brega de Fábio Junior também gravado pela dupla de filhos de Xororó. Sem falar na participação de uma certa baiana que eu adoro...

12.10.07

Fecham-se as cortinas...

Paulo Autran: apaixonado pelo teatro, ator fez poucos e marcantes trabalhos na televisão

Há nove dias, li uma notícia na qual Paulo Autran se despedia de sua maior paixão: o teatro. “Infelizmente, não poderei mais fazer o que mais gosto na vida, que é atuar”, dizia o ator, emocionado. Eu estava na redação do Salto e lembro de, na hora, ter comentado com amigos do quão difícil e dolorosa deve ser para um apaixonado pelo seu ofício a certeza do fim; da impossibilidade de levá-lo em frente.
E lamentei, sinceramente, nunca ter tido a possibilidade e o senso de oportunidade para apreciar esse grande ator no sagrado assoalho do teatro...
Agora, para todo o sempre, pertencerei ao rol dos que jamais tiveram a oportunidade de conferir o talento, a genialidade e a cordialidade de Paulo Autran. Na TV, lembro-me de poucos trabalhos desse artista que hoje deixa o nosso plano. A cena memorável de café-da-manhã com Fernanda Montenegro, em "Guerra dos Sexos"; um Aparício impagável em "Sassaricando"; e o rigoroso religioso de "Hilda Furacão" fazem parte do meu mosaico particular de imagens desse genial artista brasileiro.
Descanso, paz, luz e bem a Paulo Autran!

11.10.07

A polêmica do Huck...

Huck: paz amor e muita gente que parece pensar que, por ser artista e rico, apresentador não tem direito de reclamar por ter sido assaltado...

No último dia primeiro, Luciano Huck escreveu um artigo na Folha de S. Paulo. Recém-assaltado, o apresentador utilizou um espaço privilegiado num dos mais respeitados jornais do país para desabafar. Descreveu o pavor de ser roubado com um revólver apontado para sua cabeça e ainda fez conjecturas sobre os eventuais desdobramentos que o caso teria se o desfecho tivesse sido trágico. "Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança. Uma jovem viúva. Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste", supôs.
Huck é um comunicador nato. E não me refiro aos momentos em que, no palco do "Caldeirão", ele apresenta games e atrações musicais. O melhor de Huck são quadros como "Vou de Táxi", quando o apresentador mostra seu dom de transformar qualquer conversa inocente num programão para as tardes de sábado. Um talento reconhecido, valorizado pelo mercado, disputado por anunciantes e admirado por fãs.
Huck é rico e, quando ouviu o já célebre bordão da marginália, "perdeu, playboy", viu seu rolex novinho ir parar nas mãos de um malandro armado. Mas nada disso faz da queixa do artista algo menor. Como bem diz em seu texto, Luciano paga seus impostos e, portanto, tem todo o direito de reclamar - como cidadão que é - de uma realidade que lhe desagrada. Só que parte da sociedade parece querer tornar menor a queixa do artista...
Sim, a realidade tem se mostrado muito mais dura que a enfrentada pelo apresentador da TV Globo. Isso é incontestável! Só que mesmo a realidade árida experimentada por milhares de brasileiros que, por exemplo, vivem em favelas dos grandes centros urbanos não deve servir para naturalizarmos um assalto à mão armada; seja a vítima famosa ou não!
Além disso, li muitas reações ao artigo do apresentador, o que é natural. Mas não posso concordar com textos que culpabilizem Luciano Huck por ter dinheiro. Dinheiro ganho com honestidade, minha gente, nunca foi motivo de vergonha! Claro que todos gostaríamos de viver numa sociedade com menos desigualdades, mas a parte que nos cabe nesse latifúndio é votar direito; demonstrar nossas discordâncias com padrões de comportamente que possam ser julgados como condizentes com as disparidades sociais e, dentro de nossas possibilidades, agir para tentar mudar a realidade que nos desagrada.
E é isso que Luciano Huck faz, por exemplo, ao participar de eventos do projeto "Conexões Urbanas"; e ao presidir o Instituo Criar de TV e Cinema. Ações importantes, reconhecidas, e que muita gente agora faz questão de esquecer ao privilegiar um discurso - salvo raras exceções - demagógico demais.
NOTA DO BLOGUEIRO: Se você quer conhecer outro ponto de vista, vale a pena ler o artigo da minha amiga e leitora Luciana Chagas, no Fazendo Media. Bjão, Lu! Discordo de você muito democraticamente, viu?

10.10.07

Todos querem Mônica...

Ainda a polêmica entre Roberto Cabrini e Mônica Veloso: escrevi aqui, repercutindo uma matéria de O Dia sobre o desconforto da moça diante das perguntas incisivas do jornalista. Um leitor, emerluis, desmentiu nos comments; dizendo que a entrevista foi retomada depois de uma negociação entre a assessoria de Mônica e a produção do "Jornal da Noite", da Band. Diante da afirmação, resolvi adicionar ao post a contribuição do leitor, assumindo, inclusive, que eu mesmo não cheguei a ver a entrevista.
Pois bem. Hoje, a coluna de Flávio Ricco na Tribuna da Imprensa reafirma que a entrevista foi interrompida bruscamente.
Então é isso. Fica o dito pelo não dito. Pelo menos até o vídeo chegar ao YouTube...
Agora, esse parece mesmo o momento de Mônica Veloso: onde quer que se olhe (ao menos aqui, na infinita rede que é a Internet) há uma menção ao nome da moça. E hoje, na capa da Folha de S. Paulo, temos uma grande foto de uma senadora "apreciando" as curvas da garota-playboy do mês. Lá no Congresso...
Ah, também tem muito deputado vendo a revista. E, ainda segundo a Folha, a banca do Congresso vendeu 40 exemplares da edição da Playboy com a moça...
Coisas do Brasil...

9.10.07

Nada a declarar?

É isso mesmo: a moça se estressou com as perguntas do jornalista e abandonou o "Jornal da Band" no meio da transmissão. Cabrini fazia perguntas sobre o escândalo envolvendo Mônica e o senador Renan Calheiros.
Agora, a pergunta que não quer calar é: será que Mônica Veloso achou que Roberto Cabrini iria dedicar a entrevista à análise de seu ensaio para a Playboy?
Aliás, como diria a personagem de Arlete Salles em "Toma lá, dá cá", "prefiro não comentar" sobre a idéia da Playboy de tirar a roupa dessa moça em meio a uma das maiores crises de credibilidade do Senado Federal...
PÓS-POST: O leitor emerluis passou por aqui e escreveu um comentário afirmando que Mônica Veloso apenas ameaçou deixar a entrevista. Como a conversa era gravada, diante da insistência de Cabrini ela voltou e terminou, depois de negociação entre o assessor da moça e a produção do programa.
Emerluis, obrigado pela visita. Confesso não ter visto a entrevista. Escrevi o post com base nas informações de "O Dia". Por isso, tive o cuidado de linkar a nota original ao meu texto.
Fica o registro.

8.10.07

New age...

Tenho a felicidade de olhar ao meu redor e ver só gente amada: minha mãe, Érica, Fabinho, minha querida vó Zezé - que me fez tão feliz esse ano - meus tios e tias, meus primos todos, e todos os meus amigos. Tanta gente especial que eu sei que torce por mim. Uma galera enorme, sempre de mãos dadas comigo, vibrando com meus acertos, me dando bronca quando dos meus vacilos; mas sempre, sempre de braços abertos para me confortar. Todos indispensáveis nessa minha caminhada!
Hoje faço 27 anos! Sinto-me o mesmo cara de sempre, mas sei que não o sou mais. Sei que há na minha cabeça um acúmulo das experiências que vivi, das risadas que dei e das lágrimas que derramei pelo meio da estrada...
O que me cabe hoje é agradecer a Deus por todos os presentes que tenho recebido ao longo da minha passagem por essa Terra linda! Agradecer pela saúde, pela força, pelo dom que me concedeu, pela minha família, pelos meus amigos, pelos amores que tive e que sei que ainda vou ter. Agradecer por não colecionar desafetos e inimizades - porque há coisas muito mais gostosas por se fazer por aqui. Agradecer pelas oportunidades de aprendizagem que meus erros acabam me proporcionando. Agradecer por tudo de lindo que já vi e que espero ainda poder ver. Agradecer pela vida leve que tenho experimentado. E, principalmente, agradecer por ser alguém que crê na força do sorriso. Sorriso que eu procuro cultivar, quando não nos lábios, nos olhos e na alma. E que torço pra cultivar em cada uma das pessoas que amo e que são importantes pra mim!
Cultive seu sorriso!
Obrigado pela visita e uma ótima semana a todos!

7.10.07

Sobre a Tropa...

Fiquei muito feliz ao chegar ao cinema e perceber uma sala lotada, cheia de gente querendo conferir a versão final de "Tropa de Elite", o filme do ano. Muitos, como eu, já conheciam a história. Não compro dvds e cds piratas, mas uma cópia parou em minha casa e a propaganda foi tão forte que acabei assistindo. Com um compromisso estabelecido comigo mesmo: o de conferir o filme assim que rolasse a estréia oficial no circuitão.
Cumpri hoje a tal promessa!
O longa de José Padilha é de um ineditismo incontestável por levar às telas a caótica situação da (in)segurança pública na cidade do Rio de Janeiro pela ótica dos policiais. Sim, eles são personagens fundamentais nessa história toda e ainda não tinham sido retratados pela cinematografia nacional com a devida importância.
O filme é violento? Sim, é. Por isso o criticam os embaixadores do politicamente correto, esquecendo-se do quão mais violenta é a realidade vivenciada por todos os que levam em frente a ousada escolha de continuar a viver no Rio e a amar essa cidade. O tal do capitão Nascimento é um personagem fascinante? Sim, é. Mas não vi na obra de Padilha o menor sinal de aprovação ao comportamento da polícia mostrada na tela. O próprio personagem de Wagner Moura - excelente em mais essa empreitada - reprova, num dado momento, suas atitudes.
Há o risco claro de que boa parte da população "compre" a idéia de que a polícia ideal é a representada pelo Bope da ficção, que tortura, mata e abusa do poder. Mas esse desvio não pode ser colocado na conta de "Tropa de Elite" da forma como, no filme, uma das vítimas de Nascimento & cia. é colocada na "conta do Papa". Se a população crê numa polícia violenta é porque está cansada demais de uma polícia despreparada, corrupta e conivente com o crime organizado - esse sim, impetuoso e cada vez mais violento. Se a população crê num modelo distorcido de polícia é sinal de que os governos ainda não foram capazes de dar à essa mesma população uma polícia limpa e eficiente; tampouco foram capazes de reconstruir os laços de confiança entre a sociedade e a instituição policial.
E se há pelo menos 20 anos tem sido assim, não se pode culpar o filme de José Padilha. Da mesma forma como não se culpa a janela pela paisagem.
Fato é que esse é um filmaço imperdível. E que mostra, como nunca, como a nossa cidade partida parece cada vez mais entregue à própria sorte...

Nau poética

Saber-te perto sempre tranqüilizou um turbilhão de coisas, uma montanha de más-resoluções escondidas numa gaveta perdida dentro do arquivo dos meus sentimentos. Era difícil não te ver, não poder falar contigo, não contar com teus conselhos e com tuas palavras doces nos dias em que as coisas me pareciam amargas demais; tudo isso era complicado mas, mesmo assim, sempre te soube perto. Sabia que, cedo ou tarde, nos esbarraríamos e todas as angústias também seriam guardadas na gaveta, todas amarfanhadas junto dos demais sentimentos confusos que moram dentro de mim.
Pensar-te longe é triste. É ver um horizonte sem a luz de teus olhos, sem a música que há em teus sorrisos, sem o perfume que brota do teu pescoço. E que eu tanto adoro. Pensar-te longe é me perceber só, perdido no mar à procura de um farol que não ilumina mais o porto seguro.
Errante é só o que sei ser sem ti...
E agora que a vida me põe só no meio do mar, sigo a navegar sem saber qual direção tomar. Vento sopra e vou; feito uma nau sem rumo. Feito estátua de museu, me percebo com olhos que são tristes mesmo quando há um sorriso nos meus lábios. Mapas, não os tenho! Não há nenhum deles naquela gaveta bagunçada. Simplesmente porque, desde que te encontrei, minha referência passou a ser você.

5.10.07

Salve, Noel Rosa!


Sexta-feira, dia de festa! Dia de Lapa.
Conversa de botequim, para espantar o baixo-astral do post anterior.
No vídeo, Maria Rita interpreta o clássico do poeta da Vila num trecho do "Som Brasil", da Rede Globo.
[] pra quem é de [], bj pra quem é de bj! E uma ótima sexta pra todo mundo!

Tempos de desamor...

Sou um cara que não suporta qualquer forma de violência. Nem violência das palavras, nem a física. Nem a psicológica. Abomino toda e qualquer manifestação de crueldade; seja contra crianças, jovens, adultos, velhos, animais. Não creio que a violência seja, sequer, uma alternativa para a resolução de algum tipo de impasse; de problema.
Quando se fala em violência contra seres indefesos, como as crianças e os animais, fico ainda mais chocado. E choque é mesmo o estado que melhor define a minha reação ao saber de histórias como a da menina recém-nascida, resgatada de um rio poluído em Contagem, Minas Gerais. Jogada pela própria mãe; entregue ao infortúnio por alguém que lhe devia cuidados e amor.
A menina não resistiu e morreu no início da noite de ontem...
Morreu a criança indefesa, ainda frágil demais para suportar tanto desamor.
E o que dizer dessa mãe? Aliás, podemos chamá-la de mãe? Prefiro não palpitar...
Só sei que o mundo está precisando de amor. As pessoas, que tanto dizem buscar o amor, precisam adotá-lo em suas atitudes mais cotidianas, mais rotineiras. Acho que não há político, não há guerra, não há descoberta da ciência que tenha mais capacidade de transformar o nosso planeta que o amor. E não há dúvidas de que as coisas por aqui precisam mesmo mudar, né?

4.10.07

Nós 4...

Duas lindas mulheres e dois marmanjos sentados numa lanchonete, no início da noite de uma quinta-feira fria demais para uma primavera e quente demais para um inverno. Altíssimo astral, muitas gargalhadas. Alguns comes e bebes. E a certeza de que a vida, quando levada de um jeito leve, é muito mais saborosa...
Gustavo, Érika e Flavinha: adorei tudo, viram?

Rede TV!: a verdadeira TV Pirata...

Semana passada, liguei a televisão e vi Bebel sendo presa. Depois, Marion correndo da polícia e gritando "Olha o rapa!". Natural? Sim, se eu estivesse assistindo a um dos últimos capítulos de "Paraíso Tropical". Não estava. Zapeava e, ao passar pela Rede TV!, vi as imagens das cenas decisivas da novela da Rede Globo sendo exibidas no programa de Sonia Abrão.
Achei absurdo! Novela é um produto e pertence ao produtor! Há direitos autorais envolvidos, direitos de imagem de artistas e é criminoso piratear esse tipo de conteúdo assim, na cara-de-pau! Pior ainda: a Rede TV! exibiu as tais cenas antes mesmo que elas fossem levadas ao ar pela Globo, a produtora da novela. É ou não é uma atitude digna ao Trófeu Óleo de Peroba?
Hoje, vejo que a justiça proibiu a Rede TV! de exibir imagens do Big Brother Brasil. Bola dentro! Sou contra a censura, mas ninguém merece ver a Sonia Abrão passar a tarde inteira falando dos programas da concorrência. Ainda mais reproduzindo fotos (frames) e áudios, como ela tantas vezes fez durante o BBB desse ano. Será que a Rede TV! não tem produção própria pra repercutir ou nada de mais original pra colocar no ar?

3.10.07

Nem todas as histórias de princesas têm final feliz...

A divulgação de fotos inéditas do acidente que matou a princesa Diana me deixou chocado. A história toda é chocante, aliás. Mas ver a imagem da princesa tentando esconder o rosto no banco de trás de sua Mercedes é algo aterrador. Fico pensando na angústia que deve ter tomando conta dessa mulher em seus últimos instantes de consciência...
Agora, a morte precoce da Princesa de Gales está sendo investigada. Lendo a matéria do G1, lembrei de um documentário que vi quando estive em Paris, há quase quatro anos. No filme, o pai do então namorado de Diana, Mohamed al-Fayed, se mostrava convencido de que a princesa foi assassinada por agentes do serviço secreto britânico por ordens do duque de Edimburgo, marido da rainha Elizabeth II, para evitar que a princesa se casasse com seu filho.
Lembro de ter achado a história toda assombrosa, digna de filme. Mas alguém arrisca dizer que não pode ser verdadeira?
Resta saber o que o tempo e a justiça de Londres dirão...

Dedos cruzados

"E então pedes que eu torça. Torcerei. Do fundo do coração, torcerei. Para que o melhor te aconteça, para que não falte luz em tuas caminhadas futuras. Para que muitos lindos sorrisos venham iluminar ainda mais esse teu rosto; para que brilhe mais e mais esse teu olhar tão paradoxalmente ingênuo e malicioso, onde tantas vezes me perdi...só de olhar.
Torço com um aperto no peito; com medo de um futuro ainda mais incerto que o já tão incerto presente. Medo da distância, medo da falta que sentirei de nossas conversas bobas, medo de não mais poder falar contigo quando a saudade apertar muito. Medo de me achar sozinho num canto qualquer, perdido aqui em meu peito vazio...
Mas torcerei, guardando sempre comigo tuas palavras doces na hora de me dizer o que nunca quis ouvir de ti. Porque sei que és só verdade quando dizes que já vivemos o ápice do que nos era possível viver. Torcerei, pois, para que muitos mais ápices possamos experimentar ao longo dessa jornada de tantos desencontros e tão poucos encontros verdadeiros.
Como foi o meu encontro contigo..."
Foi tudo o que pôde escrever naquela folha em branco, antes que o sol pudesse acordá-la. Escreveu chorando, já sentindo que a separação seria mesmo o desfecho daquela história. Deixou o bilhete sob a jarra de suco, na bandeja com o café-da-manhã que havia preparado pra ela. E saiu, sem se despedir, naquele início de manhã do domingo em que uma prova poderia fazer desabar seus sonhos...

2.10.07

A nova das 8...

"Duas Caras": estréia com belas imagens, pouca ação e poucos personagens e tramas em cena...

Quem se acostumou ao ritmo frenético imposto por "Paraíso Tropical" nas últimas semanas deve ter estranhando bastante a nova produção da Rede Globo para o horário das oito da noite. Pouco mais que duas caras foi o que o espectador viu ontem, no capítulo de estréia da nova novela. Tanto se alardeou sobre os quase 100 personagens da trama e o público, no primeiro episódio, pôde conferir apenas duas tramas interessantes: a que une Dalton Vigh e Marjorie Estiano e o surgimento de Antônio Fagundes como uma espécie de justiceiro na fictícia favela Portelinha.
Senti falta de ação. E achei pouco verossímil a mocinha ricaça abrir o verbo sobre os negócios da família para um estranho. Mas já dá pra palpitar que um belo trabalho do Dalton está vindo por aí.
Como você sabe que televisão é um dos assuntos mais freqüentes aqui, aguarde. Em breve voltaremos ao assunto...

1.10.07

João-sem-braço

Não sei se essa ela é tipicamente carioca, tampouco sei se foi aqui no Rio que surgiu a tal expressão que dá título a este post. Mas, caro leitor, seja você carioca ou fluminense; enfim, brasileiro de qualquer canto, atenção: as empresas adoram dar uma de joão-sem-braço em cima de nós, pobres clientes.
Primeiro, vamos explicar o que quer dizer a tal expressão. João-sem-braço é aquele famoso golpe que o malandro dá como quem não quer nada, adotando a igualmente velha tática do "se colar, colou..."
Pois bem, passadas as explicações, vamos aos fatos! Há três meses, aquela empresa de telefonia fixa que usa como nome o antônimo da saudação que todos nós, clientes, gostaríamos de dar a ela; sim, a empresa me enviou contas com uma cobrança indevida de mais de 60 mangos, relativas a ligações supostamente realizadas da minha linha para celulares. A-ha: eu nunca ligo pra celular do meu telefone fixo! Mas, ainda assim, me dei ao trabalho de conferir os números (todos desconhecidos!!!) liguei pra companhia, reclamei e o valor foi prontamente subtraído da minha conta. No mês seguinte, tcha-rã: mais 40 pilas em cobrança de telefonemas para os celulares. Aí, caros, nem conferi: liguei e detonei geral! Novamente a cobrança foi deduzida do valor total da fatura. No mês passado, eles tentaram a última cartada: apenas 6 reais em ligações surrupiadas na minha conta. Pensam que abri mão? Na-na-ni-na-não!!! Era pouco mas era meu!
Também recentemente, quase caí em outro caô. A empresa de TV por assinatura, misteriosamente, mandou duas faturas para débito na minha conta corrente. Meu banco (sabiamente) impediu que o débito duplicado fosse efetuado. Aí começou uma briga das boas: a empresa cortava meu sinal, eu ligava, bronqueava e eles religavam.Eu pedia uma nova fatura, com data atualizada para efetuar o pagamento; eles mandavam, com a data vencida (que banco nenhum aceitava mais). Passou-se um mês e acabei pagando, no mês passado, um valor relativo a dois meses.
Pensam que acabou? Na-na-ni-na-não!!! Eles também tentaram a última cartada!
Hoje, chego do trabalho e me deparo com uma fatura exorbitante! Com várias taxas de reconexão! Mais de 420 reales! Pirei na batatinha, liguei pra companhia, evoquei o santo nome do Procon, afirmei categoricamente que não pagaria nenhuma das taxas absurdas (e realmente ia mandar tudo pro pau!) quando, tcha-rã: a moça reconheceu a cobrança indevida e reduziu o valor a menos de 1/3 do cobrado na boleta-maldita.
Conclusão: cliente que cala e não confere as cobranças, meus caros, fica com a bundinha na janela pra qualquer empresa escrota passar a mão! Ou fazer bem pior...
Mas comigo não, violão! Comigo João-sem-braço não tem vez! E o "se colar, colou" nunca cola!
Bom, depois do desabafo do consumidor-emputecido que há dentro do blogueiro, voltaremos em instantes com a nossa programação normal...

O operador, meu telespectador...

Ligo para a operadora de telefonia móvel. Ouço ofertas, promoções, barganha e, quando finalmente acerto a aquisição de um novo celular, papo vai e papo vem; digo ao atendente que o aparelho tem de ser entregue em casa, porque não estarei na TV por muito tempo nas próximas duas semanas.
Assim, deixo escapar mesmo, naturalmente...
Mas, creia, nada escapa ao ouvido de um atento operador de telemarketing!
O senhor trabalha em televisão? Que bacana, ele diz. Respondo com um singelo "pois é". Mas o rapaz se revela um fascinado por televisão: "Quando verei o senhor na Globo?". Aí explico que trabalho na TVE, apresentando um programa educativo. "Qual o nome?", indaga o curioso operador de telemarketing. "Salto para o Futuro", respondo. "Ahhhh", diz o rapaz, quase vibrando; "Então eu conheço o senhor! É um programa onde os telespectadores ligam pra fazer perguntas, né?".
Pois é. Ele me conhecia...só espero que não ligue pro programa pra me chamar de pão-duro e etc...