30.9.06

Noites Tropicais

Livro recomendadíssimo para os amantes da Música Brasileira. Muita informação, episódios divertidíssimos e bastidores bem interessantes da história da nossa música. Tudo protagonizado por João Gilberto, Chico, Caetano, Elis, Rita Lee, Tim Maia, Jorge Ben (Jor), Gal, Bethânia...e tantos outros astros e estrelas.
A gente até sente uma invejazinha do Nelson Motta, que - de uma forma ou de outra - sempre esteve rodeado por tante gente talentosa, interessante...e por tanta música boa!
Já acabei de ler. E virei fã do livro!

Sobre o vôo...

Muito triste a matéria do Jornal Nacional de hoje, falando sobre os parentes das vítimas do acidente com o avião da Gol. Não há palavra, gesto ou atitude que possa confortá-los num momento como esse. Resta apenas pedir a Deus - ou como quer que o chamem - conforto, paz e força para superar esse momento de dor.

Apertei "confirma" delisgando o telefone...

Toca o telefone. Você atende. É uma gravação, em pleno sábado, por volta das seis e meia da tarde. Um candidato a deputado querendo te anunciar seus feitos. E pedir seu voto.
Deduzi que seria isso, porque desliguei assim que o camarada se identificou. Acho um desrespeito esse tipo de abordagem ao eleitor! E já faz um tempinho que decidi não votar em nenhum desses oportunistas! Nem do telefone, nem do orkut, nem do e-mail!
Sou um eleitor bem informado, assisti aos debates, assisti ao horário eleitoral, busquei informações na internet...não posso aceitar que alguém invada a minha casa, minha privacidade, para me pedir votos.
Não merece meu respeito. E nem o meu voto!

29.9.06

Workout 2

De novo na academia. De novo a esteira. A canela já não doi, condicionada por um mês de intensa malhação - ainda mais intensificada nas últimas duas semanas. E a televisão está em outro canal: a Rede Record.
No ar, o Hoje em Dia, uma revista matinal comandada por um trio: Ana Hickmann, Britto Jr. e Eduardo Guedes. Já tinha visto o programa na época do lançamento. E não tinha gostado. Achei a apresentadora muito nervosa e o Britto Jr, jornalista experiente, muito disposto a fazer gracinhas que, na minha primeira análise, não combinavam muito com o perfil de um jornalista.
Mudei minha opinião hoje: depois de algum tempo no ar, a atração já está azeitada. Ana Hickmann transborda beleza e segurança - parece ter nascido para essa nova carreira. Edu Guedes ainda me parece meio apagado, mas vale ressaltar que não o vi em ação, dando dicas de culinária. Para meu alívio: tudo o que não queria, na esteira, era ver mais uma guloseima
irresistível ser preparada.
E me chamou a atenção, em especial, uma matéria sobre idosos. Essa é a semana deles. Uma equipe foi até um asilo e entrevistou vários velhinhos, todos com belas histórias de vida. Muitos,
esquecidos pela família. Entre eles, uma senhora, poetisa. Caderno repleto de versos, letra linda,
anunciando as saudades do filho que não a visita. Há muito tempo. Olhos marejados e sorriso esperançoso nos lábios, leu seu poema cheio de saudade e olhou para a repórter: "Quem sabe agora, no final do ano, ele não apareça? Vou ficar tão feliz que vou ligar pra você dizendo - olha, meu filho veio..."
A repórter, comovida, abraçou e beijou aquela mãe saudosa. Como faria qualquer pessoa de bom coração. Na academia, eu e meus companheiros de sofrimento, digo, de corrida na esteira, xingamos um filho que tem coragem de esquecer a mãe daquela forma. E pensar que há tantas mães, tantos pais...tantos avós abandonados em asilos como aquele...muito triste.
De bonito, nessa história toda, só a matéria do Hoje em Dia. E, além dela, constatar o crescimento de um programa e de colegas de televisão.
Ah...acho que também é bonito dizer que consegui terminar a maratona na esteira...!

28.9.06

Saudade Soteropolitana...

"Ô, Bahia...
Bahia que não me sai do pensamento..."*
O tempo é dos temas mais freqüentes aqui no B@belturbo. Ontem, dia de Cosme & Damião, acabei me surpreendendo olhando pelo retrovisor. Um ano. Mais um ano...
Na mesma data, ano passado, estava em Salvador - a terra que escolheria para ser minha se não amasse ser carioca e viver aqui nessa Cidade tão Maravilhosa!Salvador, com seu astral diferente já no aeroporto, sua gente linda e sorridente, suas praias maravilhosas e uma atmosfera que nos faz lembrar de Caymmi e Vinícius a toda hora.
Pois é...um ano atrás, eu no Candeal, entrevistando Carlinhos Brown. "Ivete esteve aqui há pouco, veio comer um caruru com a gente". Caruru é prato típico do dia dos santos gêmeos por lá. Ivete é típica de todos os dias de lá...! Um ano atrás, eu entrevistando Mãe Hilda, do Ilê Axé Jitolu; visitando o terreiro, a escola que leva o nome dela. Conhecendo a Escola Criativa do Olodum, no coração do Pelô. Achando tudo tão bonito e tão forte...
Salvador: um ano de saudade daquela terra, daquele céu, de todo aquele sol e daquele mar. Dos amigos que fiz - família baiana; dos passeios, dos sorrisos. Como passa rápido!
E além da sensação de que a vida, muitas vezes, escorre por entre nossos dedos; essa constatação me dá uma certeza: não dá pra ficar um ano inteiro sem pisar na Bahia...
* Os versos são da bela canção "Na baixa do sapateiro", de Ary Barroso.

27.9.06

Vai ter gente querendo votar no mediador...

Tarefa inglória a do Márcio Gomes, como mediador do debate com os candidatos ao governo do Rio. Sempre sagaz, cordial e preciso; o Márcio precisou hoje, além de gerenciar as participações dos candidatos, administrar os humores da platéia. Em suma: repreender as manifestações dos convidados levados pelos postulantes ao Palácio Laranjeiras. Difícil e antipática essa missão. Mas, a meu ver, Márcio se saiu muito bem. Como sempre.
Agora, cá entre nós: se a platéia não pode se manifestar - rindo, vaiando ou aplaudindo - qual a função dela no estúdio de um debate???
Eu hein...

25.9.06

Through the rain



Porque a "Mariah emite sons que só os golfinhos são capazes de emitir"...rs
Porque as chuvas sempre passam. E, quando não passam, a gente precisa saber passar por elas...
Uma ótima semana pra todo mundo!

24.9.06

Perguntas, lágrimas e pipoca no fim de caso...

Quem foi que disse que você poderia definir o rumo das coisas, escolher a hora certa de se aproximar e se afastar; escolher quando, como e onde a gente deveria se encontrar? Quem foi que disse que sempre seria possível e que bastaria você querer para ser possível?
Quem foi que disse que dá pra controlar os sentimentos, pra estabelecer regras e protocolos que definam as coisas do coração? Quem foi que disse que é possível resistir a esse teu olhar cheio de romance, mesmo quando você não quer romance? Quem foi que disse?
Quem foi que disse, meu Deus, que essa história não merecia uma chance de ser algo mais? Quem foi que disse que não poderíamos experimentar, juntos, a felicidade? E que todos os momentos bons, intensos, quentes e felizes que vivemos estariam condenados a ser, para sempre, apenas momentos; lembranças boas de algo que alguém quis diminuir?
+ + +
A mocinha do filme chorava, sofrendo com o silêncio do rapaz que não conseguia dizer nada que lhe pudesse aplacar a ira.
Mão na bacia de pipoca, achou graça de todas aquelas perguntas; condenadas para todo o sempre à ausência de respostas. Afinal, ninguém diz nada, ninguém determina nada. Onde há sentimentos, há variáveis, há dúvidas, há incertezas. E há - como sempre houve - sorrisos e lágrimas. Nos filmes de amor e na vida...

21.9.06

Workout

Aí você acorda antes das oito da manhã, disposto a dar tudo de si numa esteira. Queimar o hambúrger do final de semana, o rodízio de pizzas do domingo, as sobremesas...tudo! Chega lá, olha seus companheiros esbaforidos, bofes pra fora depois de suas pequenas maratonas sobre aquele quase-instrumento-de-tortura.
Mas você não esmorece. Ah, não assim tão facilmente! Aperta os botões, faz o seu programa, e dá as primeiras passadas rumo ao auto-martírio. Feliz, você logo começa a suar. E a libertar pelos poros o resto do pavê de sábado que ainda habitava o seu organismo...
Tudo vai bem até que...não, você não pode estar cansado! Não ainda! As canelas não estão doendo, você não acredita nisso! O problema não é a desgraçada daquela queimação danada nas pernas; o problema é ver a Ana Maria Braga, na sua frente, comendo doce e dando doce pro Louro José! E dizendo: "hummmmmmmmm!!!"
Deixa essa loura comilona pra lá, você repete, como num mantra. "Esquece esse doce, nem deve estar tão bom assim!!!" Você quer se convencer. Precisa se convencer disso!
E esquece, então, a orgia gastronômica da Ana Maria, em rede nacional, às 9 da manhã. Esquece dela e lembra das canelas. "Ué, mas não tinha canela na receita!!!" Claro que não, são as suas canelas!!! Queimando, ardendo, pegando fogo como a calda que ela acabou de flambar na televisão. "Hummmm...deve ter ficado uma delícia!"! Cérebro adiposo é um problema! "Meu Deus, quem teve a idéia de ligar a televisão nesse programa???"
Ana Maria logo se despede, e você, se pudesse, também daria adeus as suas canelas. Talvez fosse bem mais fácil continuar a correr sem elas. Mas você não pode. E elas só fazem doer! Aí, surge Sandra Annenberg. Caras, bocas, simpatia...e notícias. Globo Notícia. Tanta coisa ruim no mundo, tanta coisa absurda...você até esquece das suas canelas. E consegue terminar sua sessão de tortura na esteira.
Desce do aparelho, certo de que o ar e seus pulmões devem estar de relações cortadas. Mas, sim, você está satisfeito. Cumpriu sua missão! E ganhou uma musa morena, que dá notícias ruins com uma simpatia que faz qualquer um esquecer das suas próprias dores e ver que há dores muito maiores por esse mundão aí...

Tufão

As nuvens corriam no céu. Negras. Densas. Vento forte, folhas secas voando por todos os cantos.
Vendedores gritando os guarda-chuvas mais baratos. Só aqui na minha mão, freguês; anunciavam ambulantes berrando, vendendo e desmontando suas barracas.
Andando por ali, viu quando uma rajada de vento levou embora muitas pipocas do garotinho. Ele - o garotinho - chorou. E ele também. Pingos grossos de chuva molhavam seu rosto, sua roupa, o chão. Molhavam tudo. E se confundiam com seu pranto. Sorte de principiante, pensou: chorar no meio da rua não é o mais bonito dos espetáculos que se pode oferecer...
Pensou também que como as nuvens correndo no céu, o vento forte, as folhas caídas voando, os ambulantes gritando, as barracas sendo desmontadas, as pipocas roubadas do garoto pela rajada de vento e como os pingos grossos de chuva; tudo estava acontecendo ao mesmo tempo em sua vida. Tudo. De uma vez, num piscar de olhos.
E seus olhos nem precisavam piscar para libertar toda aquela dor que escorria por seu rosto, misturada à água da chuva...

20.9.06

Mais um link...

...pra lista do B@belturbo. É o G1, o site de notícias da Globo.com
Visite antes ou depois de ler a baboseiras aqui do blog. Informação é, sempre, fundamental!

19.9.06

Estação Sofrimento

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O trem já ia longe quando notou que tinha ficado ali, parado, esquecido no meio da estação. No meio de tantos rostos estranhos, não chegou a sentir solidão maior da que sentia quando estava rodeado dos que diziam ser seus amigos.
Sentou num banco da estação e ficou olhando para o nada. Queria se encontrar em algum lugar; sabia que tinha se perdido de si mesmo.
E vieram as lágrimas, e, com elas, uma tristeza doída por ver que o seu trem, o trem da sua vida, parecia se mover sobre trilhos em forma de círculo. E sempre que começava a se habituar aos solavancos da viagem, perdia-se naquela mesma estação.
Não sabia se tinha mais forças pra embarcar de novo.
Aliás, não sabia mais se o trem voltaria a buscá-lo naquela estação...

18.9.06

Um tsunami a la Cicarelli

Mais um mega-hit do YouTube: o vídeo da transa-aquática da Daniella Cicarelli. Soube da notícia ontem - pelo site de O Dia, que, aliás, parece ser o autor do furo. Vi as imagens e fiquei impressionado. Não, a ex do Ronalducho não ousa em posições sexuais e nem as imagens são dignas dos filmes da Cicciolina!!! Fiquei impressionado com a coragem do cinegrafista-amador, de vender o vídeo para a TV espanhola. Miguel Temprano é o nome do autor das imagens...
Claro que há aquela curiosidade mórbida de ver uma pessoa conhecida mundialmente em momentos tão íntimos - e calientes. Mas, cá pra nós...acho o episódio grave! Ninguém deve ter pensado nas conseqüências desse 'flagra' pra imagem e pra carreira da moça - sim, ela tem só vinte e poucos anos. De acordo com entrevistas feitas pelo Feltrin, da Ooops, esse episódio pode ser o ponto final da carreira dela.
Aí alguém pode argumentar: "ela estava num lugar público, é uma estrela, não poderia ter feito isso". É esse o preço da fama? Não concordo não! Quantos de nós já não vivemos a mesma situação, no vai-e-vem das ondas do mar? Tá certo, a Cicarelli é famosa. Faltou bom senso a ela. Mas, na minha opinião, faltou muito mais ao cinegrafista...
O vídeo foi retirado do YouTube. E assessoria da Cicarelli não comenta o caso - como manda o figurino nos momentos de crise...

...

E por ter sido um sonho bom, passou rápido. No fim, a clara sensação de que durara bem menos do que gostaria que tivesse durado.
Restaram apenas as músicas, as velhas piadas que nunca perdiam a graça e as memórias do tempo em que qualquer esforço - por hercúleo que parecesse - era pequeno demais, tamanho o prazer de estarem juntos.
Sem um adeus, sem um ponto final, termiraram a história com reticências, deixando no ar a impressão de que aquilo tudo - quase nada - fora só o trailler de um belo filme, desses que a gente vê debaixo do edredon, abraçado a alguém especial...

16.9.06

Salsa, merengue...e saudade

Por muito tempo, os meus cd's preferidos eram os de trilha sonora de novela. Fácil de entender: ainda moleque, não trabalhava e a grana da mesada era curta. E esses discos são variados - geralmente têm sucessos de grandes artistas - e, fundamentalmente, são mais baratos que os cd's de carreira desses mesmos artistas. Sem contar que, com pouca grana na carteira, achava um risco comprar um disco e gostar apenas de uma ou duas canções...
Eita...essa volta ao passado foi só pra dizer que hoje, garimpando na minha coleção, achei um desses discos. De "Salsa&Merengue", a primeira novela escrita pelo Falabella. Botei o disquinho pra rodar aqui no pc mesmo, e ouvi essa música. Bacana ver que continuo gostando dela.
E lá se vão ao menos 10 anos...
No quiero estar sin ti
Si tu no estas aqui me sobra el aire
No quiero estar asi
Si tu no estas la gente se hace nadie.

Si tu no estas aqui no se
Que diablos hago amandote
Si tu no estas aqui sabras
Que Dios no va a entender por que te vas.

No quiero estar sin ti
Si tu no estas aqui me falta el sueño
No quiero andar asi
Latiendo un corazon de amor sin dueño.

Si tu no estas aqui no se...

Derramare mis sueños si algun dia no te tengo
Lo mas grande se hara lo mas pequeño
Paseare en un cielo sin estrellas esta vez
Tratando de entender quien hizo
Un infierno el paraiso
No te vayas nunca porque

No puedo estar sin ti
Si tu no estas aqui me quema el aire.

Si tu no estas aqui no se...

Si tu no estas aqui.
(Rosana - Si Tu No Estás Aqui)

Batatada papal...

Um Papa, como qualquer outro grande líder, não pode sair por aí fazendo declarações desse tipo. Não pode porque não pode, porque são declarações que desrespeitam as diferenças e as diversas crenças.
E agora, defensores da fé e do Islã se mostram irados com as declarações de Sua Santidade.
Pouco mais de um ano de Papado e Bento XVI comete a sua primeira grande batatada. Aliás, em espanhol, papa significa batata mesmo...

Mano Brown: ótima supresa no meu orkut!

Tão bom quando o orkut nos traz boas surpresas... hoje vivi uma delas!
Rubens, um dos grandes amigos que fiz durante a universidade, mandou uma mensagem. Passou um filme na minha cabeça, porque nós perdemos completamente o contato de uns tempos pra cá.
E lembrei que esse cara, esse "mano brown", usando maquiagem "afro", foi uma das maiores influências para a minha formação profissional. Dono de uma bela voz - que já esteve a serviço das típicas locuções de supermercado - o Rubens me mostrou, mesmo sem saber, a importância do uso da voz na televisão; e toda a beleza, a graça e o prazer que estão por trás de uma boa narração!
Saudade desse cara! Saudade do tempo do "Jornal da Castelo".
Saudade do tempo em que o orkut trazia só supresas boas como essa...

14.9.06

Preparem a pipoca...

"Ensaio sobre a cegueira", do Saramago, breve num cinema perto de você! E sob a batuta do Fernando Meirelles, do "Cidade de Deus".
Mais uma bela notícia colhida no excelente blog do Ricardo Calil, hospedado no Nomínimo.

13.9.06

Tá voando...

Parece que alguém "lá em cima" pisou fundo no acelerador! Caramba, já estamos no meio do mês!!!
Já estou até vendo: daqui a pouco, posts aqui sobre o inferno na Terra em que se transformam os shoppings no final do ano...

Paisagem roubada...

Ela chegou sem avisar, vilã-mor da arte de subtrair alguns pequenos - e deliciosos - prazeres do dia-a-dia.
Pôs-se de frente para os meus olhos e me fez perder a visão. Tirou de mim o gostinho de conferir as várias cores que pintam o céu ao entardecer. Levou embora consigo o balé das folhas das árvores, executado na cadência dos ventos. Excluiu toda e qualquer possibilidade de se apreciar o cair da noite, com o azul-escuro do céu todo respingado de estrelas. E apagou do céu - de todos os céus, de todos os dias - o brilho da lua. De todas as luas...
Colocou fim, por fim, à alegria diária de saber que mais uma noite chega e, com ela, chega o fim de mais um dia. De trabalho.
É... não gostei da película espelhada que instalaram nas janelas da redação do programa em que trabalho...!

Salto, Internet e Literatura...

Semana de programa no ar é sinônimo de escassez de posts. E o pior é que sinto uma falta danada disso aqui.
Mas tenho sentido uma tendência cada vez maior em deixar a internet de lado e me entregar à companhia da boa e velha literatura. O que, aliás, eu acho muito saudável!
Por falar em literatura: ainda a biografia do Garrincha! Não sabia que a Elza Soares tinha uma história de tantas lutas e superações...grande mulher!

11.9.06

1826 dias

Lembranças tristes do dia em que o mundo mudou... Posted by Picasa
Estava no meio da aula de Redação Jornalística quando o mundo mudou. Ali, analisando recortes de jornais e de revistas, eu não poderia supor que o planeta inteiro parecia caminhar para o olho de um furacão.
Na saída da aula, eu vi que algo de grave tinha acontecido em Nova Iorque. Liguei pra casa, e minha mãe disse que se falava no início de uma possível 3ª Guerra Mundial. No ponto, onde esperava a van para ir pra TV, outro televisor repetia à exaustão aquelas imagens, e só então fiquei sabendo que dois aviões haviam se chocado com o World Trade Center. A maior tragédia que eu já tinha assistido na vida.
Na van, as emissoras do Sistema Globo transmitiam em cadeia. All news, até na FM! Caía uma chuvinha fraca, e, conforme eu ia passando pelo Méier, ficava cada vez mais espantado com o tamanho daquele acidente. Sim, até então se falava muito vagamente na possibilidade de tudo aquilo ser fruto de um plano dos terroristas.
Quando entrei na TV, a Globo já tinha até vinheta para sua cobertura! E já se sabia que aquele tinha sido o maior e mais grave atentado terrorista de todos os tempos. Lembro bem de ver as entradas, ao vivo, da excelente Zileide Silva, direto da ilha de Manhattan. Segura, cheia de informações relevantes. Perfeita!
E foi quando vi as imagens que mais me impressionariam: pessoas desesperadas, acuadas acima dos pontos por onde os aviões tinham entrado nas torres. Pessoas sem saída, que encontraram no salto para a morte a melhor alternativa para escapar daquele inferno na Terra.
Eu e meus colegas de trabalho ficamos hipnotizados com aquelas cenas. E penalizados, quando as torres desmoronaram, pondo um ponto final em qualquer esperança de que ainda se pudesse poupar mais vidas.
O mundo inteiro levou meses para contar os mortos, vítimas de uma covardia sem precedentes. Hoje, sabemos que foram quase 2.800. E também sabemos que naquela manhã de 11 de setembro, há cinco anos - há exatos 1.826 dias - a Terra pareceu dar grandes passos para trás. Rumo ao tempo da barbárie, ao primitivismo. Passos para a escuridão de uma era de violência e terror.
De onde não saímos até hoje...

10.9.06

Pleito

Cada um estava numa fila. Cada um votaria numa sessão. As filas se encontravam ali, no corredor da escola, ora convertida em Zona Eleitoral. E ali, cada qual em sua fila, encontraram-se também. Quando se olharam da primeira vez, dúvidas. Não lembravam um do outro com tanta precisão. Aliás, não havia precisão nenhuma. Olhos desviados.
Mas as filas estavam grandes. Precisaram esperar mais. E os olhos também precisaram buscar aquela confirmação: sim, é claro que já se conheciam! O papo foi tímido. Lembraram-se apenas de onde se conheciam: da faculdade. O papo foi inocente. Trabalho, família, rumos que a vida tinha tomado. O papo foi breve, durou só o tempo da descida das escadas. A gente se vê? A gente se vê!
Viram-se tempos depois. E já tinham conversado muito - facilidades do mundo.com! E voltaram a se ver logo. E outra vez. E mais uma... e outras tantas! Sem que quisessem, sem que permitissem, sem que negassem; tinham se tornado candidatos. Um para o outro.
E gostavam de fazer a campanha. Gostavam muito do corpo a corpo, da boca de urna. Só não apreciavam as promessas...
E não sabiam que há tanta complicação rondando uma eleição...

Indagação

* Posted by Picasa

A primeira pá de terra se foi, sem que acreditasse que aquilo estava mesmo acontecendo. As pernas bambearam, acusando toda a dor daquele golpe. Mais terra. Beijou outra rosa e atirou-a ali também. Último afago que tentava fazer. Último gesto de amor.

+ + +

Conhecera-a ainda na universidade. Afoita, risonha, um tantinho presepeira, como toda moça inteligente costuma ser. Gostava de contestar os professores, de citar autores que já havia lido. Sabia de muita coisa. E gostava que soubessem que sabia.
Muitos torciam o nariz para ela. Ele, já encantado, apenas achava graça. Aliás, tudo nela lhe parecia uma graça: a forma como os cabelos emolduravam-lhe o rosto, o castanho-escuro dos olhos, o balanço do andar...
Enamoraram-se rápido. Ele também era inteligente, cheio de amigos. Mais reservado e, paradoxalmente, mais popular. Quando resolveram casar, foram muitos os que julgaram aquela união um equívoco. Não ouviram. O amor que havia entre os dois era supremo demais, grande demais. Estavam certos.
Casados, a vida era só sorrisos. Nunca perderam o ar de namorados. Nunca deixaram de rir um do outro, de achar graça das pequenas bobagens da vida a dois. Falavam-se inúmeras vezes por dia ao telefone. Algumas ligações eram só pra saber se tudo ia bem. Havia também outras, questionando se fazia calor demais. Ou frio demais.
Naquele dia, ela saiu linda pela manhã. Não que houvesse se arrumado mais do que de costume. Mas estava linda. Toda aquela felicidade acumulada nos cinco anos juntos, com certeza, fazia mais efeitos que o melhor dos cosméticos. Ele iria para o trabalho mais tarde e, baixinho, pediu a Deus que a protegesse quando ela saiu de casa. E agradeceu, por ter tão linda companheira, tão dedicada parceira e tão amorosa esposa.
Quando o telefone tocou no meio da tarde, sentiu um inexplicável desconforto. Que se tornou explicável assim que ouviu a mensagem do interlocutor. Assim que as lágrimas desceram-lhe pela face.
Um assalto. Um tiroteio. Uma bala perdida. Seu grande amor, na saída do laboratório de análises clínicas. Alvejada, gritou por socorro. Queria que lhe salvassem, queria continuar vivendo aquele conto de fadas; queria ter o prazer de dizer ao seu marido que o presente mais esperado dos dois estava a caminho.
Não teria essa chance. O presente não chegaria nunca. No leito do hospital, partira chamando por ele.

+ + +

E agora era ele quem a chamava. Era ele quem gritava seu nome, peito dilacerado pela dor mais violenta que já tinha experimentado - e que sequer imaginava ser capaz de enfrentar. Olhou para o alto, céu azul, ergueu as mãos e perguntou apenas:
- Por quê?

* Se você está se perguntado o motivo que me levou a escrever esse post, acredite: também me perguntei isso logo depois de tê-lo escrito. Não encontrei resposta melhor do que a ação do subconsciente. Todos os dias, a gente lê milhares de notícias ruins, muita violência. De alguma forma, isso ficou aqui dentro. E hoje, saltou pra tela. Post triste para um início de domingo, eu sei...

9.9.06

A alma do negócio...

Lá no "Salto", vira e mexe a gente discute a importância de uma análise crítica da mídia. Em geral, todos costumam concordar que é preciso formar uma geração de telespectadores críticos, cientes de que podem - e devem - escolher entre esse e aquele programa de TV; entre um ou outro livro; entre visitar este ou aquele site. Concordo, acho mesmo fundamental que a molecada toda entenda melhor como funciona a mídia. Mas acho que quem já tem mais anos acumulados no currículo também deve correr atrás do prejuízo.
E um belo passo inicial é desvendar os meandros da publicidade. Afinal, uma boa propaganda é das coisas que mais têm poder de nos influenciar. Sim, eu disse uma boa propaganda. Porque se deixar influenciar por propaganda ruim é coisa de mané...
Outro dia, escrevi aqui sobre uma grande rede de lojas que anuncia - TODA SEMANA- a última liquidação do ano. Péssima propaganda, na minha concepção. Pois bem, ontem descobri um blog que critica exatamente esse tipo de marketing. É o despropaganda, que, a partir de hoje, vai ficar linkado aqui ao Babelturbo.
Vale a pena visitar! A rapaziada faz análises interessantes de alguns comerciais. E, de quebra, a gente ainda dá umas boas risadas...

7.9.06

Quem tem...

...tem medo...
Depois de tanta encrenca com a Justiça brasileira, não é que o site de relacionamentos mais famoso da internet resolveu fazer uma média? E tá assim, celebrando o Dia da Independência...
Se a homenagem é ou não média com a justiça da nossa terrinha, não sei. Mas é justa. Os brasileiros são, definitivamente, os principais responsáveis pelo sucesso do site! De acordo com a matriz do Google, nos Estados Unidos, o Brasil abriga 75% dos 17 milhões de usuários do Orkut.
Pena que tante gente use o site pra fazer ... bobagem!

6.9.06

Gente inocente...e ruim de papo!

Escrevo sobre a biografia do Garrincha com a televisão ligada. Jô Soares. Ele entrevista uma criança, uma menininha. Pelo que ouço, sem dar muita atenção, descubro que a moleca é um talento precoce na música.
Acabo o post sobre o Mané Garrincha, volto os olhos pra TV. Na hora, Jô pergunta:
- De onde você é?
E a menina, de pronto, responde:
- Do Brasil!!!
Muito bom! Não para o Jô, claro, que precisa passar 10 minutos conversando com uma menina envergonhadíssima. Mas foi bom pra mim, que tive a senha certinha de que é mesmo hora de dormir!!!
P.S.: Ele acabou de dizer que o nome dela é Letícia...e ela toca bateria.

A vida do Mané

Um colega gostou da expressão e vou usá-la novamente: com o atraso de sempre, comecei a ler a biografia do Garrincha, escrita pelo Ruy Castro. É um livro fantástico! Bacana saber dos lances que pontuaram a vida desse grande astro do futebol brasileiro. E melhor ainda é descobrir um Garrincha quer era mesmo um "mané", um moleque - no melhor dos sentidos: um cara inocente, brincalhão, generoso e genial com a bola no pé!
Pra quem é da minha geração, e não teve o prazer de ver o Mané em campo, é também uma ótima chance de conhecer suas jogadas, suas artimanhas e a forma como a imprensa tratava o craque.
É um post da série "eu recomendo". Aliás, cabe dizer aqui que estou decidido a ler todas as biografias escritas pelo Ruy Castro. Essa já é a segunda que leio, e é inegável o talento desse autor para contar histórias de vida. Como "Carmen" - que li primeiro - "Estrela Solitária" é um livro cheio de detalhes, com mais de 400 páginas (a biografia da Carmen Miranda tem mais de 500) e que, ainda assim, em momento algum passa perto de ser cansativo. Pelo contrário: é prazer do início ao fim!
"Estrela Solitária" é, sem dúvida, mais um gol desse grande biógrafo chamado Ruy Castro.

5.9.06

E o mundo conhece a dona do cocô...

Hoje, depois de muito mistério, a televisão americana divulgou as primeiras imagens da pimpolha do Tom Cruise. Normal, o cara é uma celebridade mundial, cheio das excentricidades, nada mais natural que a mídia caia em cima pra saber dos mínimos detalhes de sua vida privada.
Mas, por falar em privada, o mais esquisito de tudo é que, há uma semana, a gente conheceu o primeiro cocô da Suri. Em formato de escultura, exposta em Nova Iorque. Pior é saber que algum louco vai acabar comprando isso...! Ah, só por curiosidade: há uma semana, o maior lance pela "obra de arte" de Suri era de US$ 41. Tristeza para o escultor, que esperava algo em torno de 30 mil dólares.
Desde os tempos do "Babel" televisivo, a cobertura da vida das pessoas famosas chama a minha atenção. Vejo que cada vez os limites estão menores, sumindo mesmo. E, na minha opinião, estamos caminhando pra um jornalismo da futilidade. Onde até um cocô de criança vira peça de galeria de arte - e, claro, capa de revista.
Eu hein!

Oferta do dia...todo dia???

Dá pra acreditar nas promoções de uma loja que, toda semana, anuncia a "última liquidação do ano"? Sei que isso deve ser alguma ferramenta de marketing, mas acho que ela presume uma certa "inocência desmedida" do consumidor.
Pode até funcionar...mas comigo não cola não!

4.9.06

Yin & Yang

Eis que chego em casa e o termômetro na rua marca (inacreditáveis) 14ºC!!! Muito frio, muito cansaço - depois de uma segunda-feira de volta à malhação e, pra arrematar, com direito à apresentação de um programa especial. Portanto, esse será o único post do dia. Tardio e único.
Acabo de dar uma navegada e li sobre a prisão do casal de pastores evangélicos acusados de pedofilia. Li que deixavam a Suzane von Richthofen acessar a internet na prisão. Li sobre os jovens que tiveram uma morte violenta num acidente de trânsito aqui no Rio, na volta da night. Li que traficantes do Rio estão criando porcos nas favelas, para que eles comam os cadáveres das vítimas da guerra sem fim do tráfico...muita coisa ruim, sem falar nos conflitos eternos no Oriente Médio.
Tem horas em que eu penso sobre o sentido de continuar pondo crianças inocentes nesse mundo tão perverso. E olha que sou um eterno otimista...
A sorte é que também li sobre a neve no Sul. Li sobre a vitória da Seleção do Dunga contra a Argentina. Li que a polícia do Paraguai prendeu um arsenal que armaria facções criminosas do Rio e de Sampa. E li, no meu orkut, minha sorte do dia: "Você será uma pessoa bem viajada, seja por lazer, seja por trabalho."
É. O mundo assim: positivo e negativo. Coisas boas e ruins costurando a nossa passagem por aqui. E vida que segue!
[]s e boa semana pra todo mundo! Se possível, com mais notícias boas que ruins...

3.9.06

Gelo no jurado engraçadinho...

Lendo a sessão de cartas da Revista da TV hoje, deu pra sacar que não fui o único a achar meio impróprio o "personagem" que o Casseta Marcelo Madureira resolveu interpretar no domingo passado, quando integrou o júri da Dança no Gelo, do Faustão. O povo se mostrou incomodado com a postura do humorista, que distribuiu notas baixas a todos os participantes do quadro sob o pretexto de fazer graça.
Hoje, logo na abertura do quadro, o Faustão disse que o Marcelo Madureira também notou que tinha pisado na bola, e enviou uma carta com um pedido de desculpas à produção. Achei bacana. Errar faz parte, difícil é reconhecer e saber se desculpar pelo...
Bom, e pra não passar em branco: achei justa a eliminação do Giovane. O cara é gente boa, mas não tá no mesmo nível dos demais concorrentes. Minha preferida continua sendo a Juliana Paes: linda, simpática e patinando cheia de charme no ritmo da Jovem Guarda. Mas acho que quem leva é o meu xará, o Murilo Rosa.
Merece, tá mandando bem mesmo!

El Chavo x La Chilindrina...

Será que foi "sem querer querendo"???
Chaves tá bombando na internet! Ou melhor, Roberto Gómez Bolaños, o criador do personagem! Se não for isso, só pode ser algo muito parecido...só nos últimos dias eu li que ele é diabético, que virou selo postal, que o SBT está exibindo episódios inéditos do "Chapolin" e, agora, leio que o ator mexicano está processando a atriz María Antonieta de las Nieves, que interpreta La Chilindrina (para nosotros, brasileños, la Chiquinha). Amparada por uma brecha na lei, ela teria registrado a personagem em seu nome. E o Bolaños alega que a menina-chorona-filha-do-seu-Madruga foi criada por ele.
Briga boa. Motivo da montagem tosca, de minha autoria, feita com desenhos googlados...

Sin tu mirada...

O que mais lhe chamou a atenção na foto foi o brilho do seu olhar. Era um brilho de crença, de quem acredita que as coisas podem dar certo. Agora, os mesmos olhos passeavam por aquelas fotos, lembranças de um passado tão recente, tão saudoso, tão feliz...só que agora já não eram mais olhos de crença; eram nostálgicos.
Olhos que sentiam falta do som de cada risada, de cada beijo, de cada vez que tinham olhado aqueles outros olhos depois de uma noite de amor.
E, fechando o álbum, pensou nesse tal amor: "eterno enquanto dura"; "imortal, posto que é chama".
Para ele, apenas um amor que nem sempre faz com que as pessoas fiquem juntas...

1.9.06

Picolé de Ratinho

Tem Rato no freezer do SBT...
Eu "conheci" o "fenômeno Ratinho" há uns dez anos, na época do Colégio. Ele estava na CNT e apresentava um programa chamado "190 Urgente". Era o trash do trash do trash! Ratinho quebrava o fax - eternamente sem papel; atirava os sapatos nos cinegrafistas; batia na mesa com um cacetete e esbravejava suas teorias malucas sobre segurança pública. Muito ruim! Mas, de tão caricato - e fora dos padrões - acabou chamando a minha atenção, a de vários colegas do colégio, e a das grandes redes de televisão. O resto da história todo mundo já conhece...
Agora, alguns anos depois de se tornar um ícone da baixaria na televisão, apresentando programas populares(cos), Ratinho parece mesmo viver seu ocaso. Se anos atrás ele chegava a liderar a audiência em alguns momentos, atualmente vive o extremo oposto disso: índices pífios no Ibope, baixo faturamento e, desde hoje, figura na geladeira do SBT. Oficialmente, Ratinho voltará ao ar no ano que vem, com um programa novo. Se isso se comprovar, o tempo fora do vídeo poderá servir para o apresentador reciclar sua imagem junto ao público e - principalmente - junto aos grandes anunciantes, que, uma vez animados, podem bancar os custos de uma nova atração sob o comando de Carlos Massa. E que custos: o salário dele é estimado em cerca de R$1,5 milhão.
Mas, sabe lá Deus quantas vezes Sílvio Santos pode mudar de idéia até 2007 chegar...

Horário Eleitoral sobre rodas...

Quando a gente acha que já viveu tudo na vida - ou quase tudo - sempre dá de frente com uma novidade. Foi exatamente o que aconteceu hoje, na van, quando eu lutava contra uma dor-de-cabeça pra bater um papo agradável com uma grande amiga...
Falamos de uma viagem recente dela, de sua família, da violência no Rio. Também combinamos uma ida a algum barzinho da Lapa. Enfim, coisas que as pessoas amigas falam quando se encontram. Quando a dor começou a me incomodar de verdade, fechei os olhos e fiquei na minha, naquele estágio de sonolência leve que, no meu caso, precede o mais pesado dos sonos.
Aí, alguém me cutuca. Um jornalzinho de papel é posto em meu colo. Olho e vejo algo em que não poderia acreditar: um jornal-panfleto de uma candidata à deputada federal! E ELA ESTAVA NA VAN, NO BANCO DE TRÁS!!!
Não gostei! Primeiro, porque ninguém disse o clássico: "interrompemos sua viagem para transmitir o Horário Eleitoral...". E, segundo, porque a candidata em questão, com todo o respeito, era MUITO mala! Começou a falar alto, citando sua vida pública, seus feitos...e seu principal-projeto - ou, no jargão da srª candidata, seu "carro-chefe": um programa para a inclusão de cirurgias para a implantação de próteses de silicone no SUS. Até aí, tudo bem. Há mesmo muitas mulheres que precisam reconstruir a mama. Só que a candidata quer ir além: ela quer que o SUS faça cirurgia de implante de prótese peniana também!!!
Quando ouvi isso, fiz toda a questão do mundo de dobrar o jornal-panfleto com nenhum carinho e jogar no saco de lixo da van. Olhei pra minha amiga, minha amiga me olhou. Em nossos olhares, muitas perguntas...
Será que a candidata acha que a vida sexual do brasileiro não vai bem? Será que ela acha que esse é um dos problemas mais sérios do país? Será que ela acha que vai ganhar a eleição com esse projeto? Será que tem mesmo tanto homem impotente assim no Rio de Janeiro? Será? Será? Será?
Ah...a propósito: Flávia, minha amiga, tinha viajado a Brasília. Curioso, não?
* A Teoria da Sincronicidade não é do blogueiro aqui não. É de Jung. Ela ajuda a interpretar as coincidências que nos pregam peças em nosso cotidiano. Quer saber mais sobre a teoria? Então é só clicar aqui.